Abraham Maslow nascido no Brooklyn em Nova York, Abraham Maslow teve uma infância infeliz. “Minha família era
extremamente infeliz”, afirmava ele, “e minha mãe era uma criatura horrível”. O
pai era alcoólatra e mulherengo, e costumava ficar fora de casa por muito
tempo. A mãe, mulher muito supersticiosa, costumava castigar Maslow por qualquer mau
comportamento, claramente rejeitando-o e demonstrando a preferência pelos dois
irmãos mais novos.
Maslow lembrava-se de uma ocasião em que ela matara dois filhotes de gato
que ele trouxera para casa, esmagando a cabeça dos bichinhos contra a parede.
Ele jamais a perdoou pela forma como ela o tratava. Quando ela morreu, ele se
recusou a comparecer ao enterro. Ele dizia: “Toda a força motivadora da minha
filosofia de vida e de toda a minha pesquisa e teorização também tem raízes no
ódio e na revolta contra tudo que ela representava”.
Menino magricela com um
nariz enorme, Maslow sentia-se
inferiorizado diante das outras crianças. Os pais muitas vezes chamavam a
atenção para a sua feia aparência física, humilhando por causa do nariz e dos
movimentos desajeitados do corpo. Com 17 anos, Maslow estava convencido de que “jamais havia visto uma
pessoa tão feia”. Afirmava haver sofrido na infância um gigantesco complexo de
inferioridade, que tentou compensar desenvolvendo habilidades esportivas”.
Quando percebeu que não conseguia ser aceito ou
estimado como desejava nos esportes, voltou-se para os livros. Matriculou-se na
Cornell University e chegou a
afirmar que o primeiro curso de psicologia que ali frequentara, cujo professor
era Titchener, era “horrível e desanimador e não tinha nada a ver com pessoas,
por isso, fiquei horrorizado e me afastei do curso”. Maslow transferiu-se para
University of Wisconsin, obtendo o Ph.D. em 1934.
Maslow começou
a lecionar na Brooklyn College, onde suas primeiras tentativas de
humanizar a psicologia resultaram em consequências negativas, com a comunidade
psicológica behaviorista acabar por isolá-lo. Embora os estudantes
simpatizassem com suas ideias, os demais professores seus colegas, evitavam-no.
Era considerado excessivamente ortodoxo e totalmente fora do compasso do
behaviorismo, psicologia dominante na época. Os editores das principais
publicações recusavam-se a publicar seu trabalho. Foi na Brandeis University,
entre os anos 1951 e 1969, que Maslow desenvolveu
e aprimorou sua teoria, divulgando-a em uma série de livros populares. Apoiou o
movimento do grupo de sensitividade e, em 1967, foi eleito presidente na APA.
Na década de 1960, Maslow tornou-se celebridade, um herói do movimento da
contracultura, atingindo finalmente a adulação tão almejada desde a juventude.
“Os jovens consideravam o trabalho de Maslow extremamente interessante, e muitos o viam como um
verdadeiro guru”. Maslow finalmente
fora compensado, do ponto de vista adleriano, pelo sentimento de inferioridade
na infância.
No início Maslow fora um entusiasmado behaviorista watsoniano,
convencido de que a abordagem científica natural mecanicista proporcionava
todas as respostas para os problemas do mundo. Então, uma série de experiências
pessoais levou-o a perceber que o behaviorismo era limitado demais para lidar
com os persistentes problemas do homem. Foi profundamente pelo nascimento do
filho, no início da Segunda Guerra Mundial, e pelas leituras de filosofia, da
psicologia da Gestalt e da Psicanálise.
Maslow também foi influenciado
pelo contato com os psicólogos europeus fugidos da Alemanha nazista e
instalados nos Estados Unidos, tais como Adler, Horney, Koffka e Wertheimer. A
grande admiração que tinha pelo psicólogo da Gestalt, Max Wertheimer, e pela
antropóloga Ruth Benedict motivou-o a realizar o primeiro trabalho sobre as características das pessoas auto
realizadoras e psicologicamente saudáveis. Maslow considerava Werthimer e Benedict modelos de excelência da
natureza humana.
Por: Gabriela Santos.